Entendemos que a questão da melhoria do trânsito (ou da "segurança no trânsito") está muito ligada a um programa permanente de educação de trânsito. Em nossas conversas temos encontrado muitas pessoas que alegam que "o ciclista de Ponta Grossa é indisciplinado", comete barbaridades nas ruas e essa é a causa dos acidentes com bicicletas; ou então que "o Brasil não tem cultura de trânsito suficiente"; ou que “Ponta Grossa (ao contrário de Joinville, SC - por exemplo) não tem uma tradição de uso da bicicleta"; ou ainda, aquela que eu (pessoalmente) considero a mais desinformada de todas, que "o motorista no Brasil não respeita mesmo..."
Bem, sem dúvida, o brasileiro médio comete muitas infrações de trânsito. E quanto maior é o carro, maiores são as infrações. Agora, dizer que isso é inato do brasileiro (ou do pontagrossense) e que não vai mudar, é uma afronta a qualquer sistema educacional e pedagógico já criado no mundo!
Como se altera um comportamento? Criando condições para que o comportamento alternativo, dito "correto", traga mais benefícios à pessoa que o comportamento dito "errado". Enquanto o comportamento "errado" parecer mais conveniente e as consequências do comportamento "errado" não forem sentidas ou ensinadas para as pessoas, o comportamento "errado" sempre será a escolha, porque será mais conveninte - e as pessoas gostam de conveniência. E como se mostra para as pessoas as consequências do comportamento "errado" e se ensina o comportamento “correto" no trânsito? Através de um sistema permanente de educação de trânsito, incluído em todos os níveis da grade curricular: da pré-escola à universidade. Claro, o melhor complemento para um bom sistema de educação de trânsito é um sistema sério de aplicação de multas de trânsito para as infrações cometidas (legislação já temos de sobra...). Assim iremos mostrar aos motoristas, motociclistas, e ciclistas, que seguir as leis de trânsito é muito melhor para o bolso e para a saúde. Enquanto não houver seriedade na aplicação das multas e o sistema educacional for falho (como o é atualmente) o Brasil continuará tendo quatro vezes o índice de mortes no trânsito que os países industrializados - e não haverá acordo comercial, obra grandiosa ou copa do mundo que limpe essa mancha.
Em relação ao trânsito de bicicletas, temos um código nacional de trânsito e outras leis e regulamentações que determinam que as vias públicas devem ter estruturas - nós chamamos de estruturas cicloviárias - que acomodem as necessidades dos ciclistas. Está na lei que o motorista de veículos maiores deverá zelar pela segurança dos veículos menores. Também é lei a distância que o motorista dos veículos automotores (automóveis, ônibus, caminhões - e motos) devem manter dos ciclistas: 1,5 metro. Eu sinceramente "vou esperar sentado" que os motoristas tenham condições de manter 1 metro e meio da minha bicicleta se eu resolver andar na rua XV de Novembro, Visconde de Mauá, Carlos Cavalcanti, Vicente Machado, Balduíno Taques, Souza Naves, e por aí vai, porque infelizmente estas vias existem não para "acomodar as necessidades dos ciclistas" mas sim para criar conflitos entres os ciclistas e os veículos motorizados; e há um lei da física que diz que "dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço ao mesmo tempo" e o resultado é que os ciclistas, ao serem "abatidos" por veículos maiores, acabam comprovando a veracidade desta lei da física - que por não ter sido criada pelo Congresso, Assembleia ou Câmara é sempre válida e aplicada a quem a desafia.
E ainda, quando o motorista, motociclista, ciclista ou pedestre se torna parte das estatísticas de acidentes de trânsito, então é tarde demais para se fazer algo. Só resta chamar o SIATE - ou pior, o IML - e o poder público (a população...) acaba pagando mais esta conta.
Obs.: A imagem diz "não foi acidente", porque consideramos que a situação de pesosas dirigirem automóveis, sem educação de trânsito nem punição das infrações, é como uma arma carregada - eventualmente alguém irá apertar o gatilho.
Cloter
Bem, sem dúvida, o brasileiro médio comete muitas infrações de trânsito. E quanto maior é o carro, maiores são as infrações. Agora, dizer que isso é inato do brasileiro (ou do pontagrossense) e que não vai mudar, é uma afronta a qualquer sistema educacional e pedagógico já criado no mundo!
Como se altera um comportamento? Criando condições para que o comportamento alternativo, dito "correto", traga mais benefícios à pessoa que o comportamento dito "errado". Enquanto o comportamento "errado" parecer mais conveniente e as consequências do comportamento "errado" não forem sentidas ou ensinadas para as pessoas, o comportamento "errado" sempre será a escolha, porque será mais conveninte - e as pessoas gostam de conveniência. E como se mostra para as pessoas as consequências do comportamento "errado" e se ensina o comportamento “correto" no trânsito? Através de um sistema permanente de educação de trânsito, incluído em todos os níveis da grade curricular: da pré-escola à universidade. Claro, o melhor complemento para um bom sistema de educação de trânsito é um sistema sério de aplicação de multas de trânsito para as infrações cometidas (legislação já temos de sobra...). Assim iremos mostrar aos motoristas, motociclistas, e ciclistas, que seguir as leis de trânsito é muito melhor para o bolso e para a saúde. Enquanto não houver seriedade na aplicação das multas e o sistema educacional for falho (como o é atualmente) o Brasil continuará tendo quatro vezes o índice de mortes no trânsito que os países industrializados - e não haverá acordo comercial, obra grandiosa ou copa do mundo que limpe essa mancha.
Em relação ao trânsito de bicicletas, temos um código nacional de trânsito e outras leis e regulamentações que determinam que as vias públicas devem ter estruturas - nós chamamos de estruturas cicloviárias - que acomodem as necessidades dos ciclistas. Está na lei que o motorista de veículos maiores deverá zelar pela segurança dos veículos menores. Também é lei a distância que o motorista dos veículos automotores (automóveis, ônibus, caminhões - e motos) devem manter dos ciclistas: 1,5 metro. Eu sinceramente "vou esperar sentado" que os motoristas tenham condições de manter 1 metro e meio da minha bicicleta se eu resolver andar na rua XV de Novembro, Visconde de Mauá, Carlos Cavalcanti, Vicente Machado, Balduíno Taques, Souza Naves, e por aí vai, porque infelizmente estas vias existem não para "acomodar as necessidades dos ciclistas" mas sim para criar conflitos entres os ciclistas e os veículos motorizados; e há um lei da física que diz que "dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço ao mesmo tempo" e o resultado é que os ciclistas, ao serem "abatidos" por veículos maiores, acabam comprovando a veracidade desta lei da física - que por não ter sido criada pelo Congresso, Assembleia ou Câmara é sempre válida e aplicada a quem a desafia.
E ainda, quando o motorista, motociclista, ciclista ou pedestre se torna parte das estatísticas de acidentes de trânsito, então é tarde demais para se fazer algo. Só resta chamar o SIATE - ou pior, o IML - e o poder público (a população...) acaba pagando mais esta conta.
Obs.: A imagem diz "não foi acidente", porque consideramos que a situação de pesosas dirigirem automóveis, sem educação de trânsito nem punição das infrações, é como uma arma carregada - eventualmente alguém irá apertar o gatilho.
Cloter
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