1 de out. de 2018

Mobilidade urbana em Ponta Grossa - Atualização em 01/10/2018


O Problema da remoção das vagas de estacionamento

Quando se removem as vagas de estacionamento os pedestres ficam mais inseguros na calçadas, porque estão em contato direto com os carros. Por exemplo, é muito mais seguro e confortável caminhar na calçada da Vicente Machado e na Bonifácio Vilela do que é caminhar na calçada da Rua do Rosário.

Remover as vagas de estacionamento é um dos piores paliativos para o problema do excesso de automóveis nas vias. Chegar a esse ponto revela que todo o planejamento anterior falhou e não foram feitos os investimentos adequados para criar uma cidade para pessoas e não uma cidade para automóveis, ônibus e caminhões e nesse momento há desespero dos administradores públicos para resolver os problemas agudos que o excesso de automóveis cria para a cidade.

1) É necessário mais esforço para criar alternativas para as principais vias de PG.
  • Ernesto Vilela, OK (mão dupla, com canteiro) - alternativas são trechos interrompidos
  • Carlos Cavalcanti, não OK (mão dupla, sem canteiro) - alternativas são trechos interrompidos
  • Visconde de Mauá, parcialmente OK (mão dupla, com canteiro) - não há alternativas práticas
  • Monteiro Lobato, não OK (mão dupla, sem canteiro) - não há alternativas práticas
  • Visconde de Taunay, não OK (mão dupla, com canteiro) - não há alternativas práticas
  • Balduíno Taques, não OK. Muito larga, possibilita rápido avanço de uma grande quantidade de carros até o centro e depois, a partir da Vicente Machado, a Balduíno Taques é bem mais estreita e dificulta a saída do centro.
  • Paula Xavier, OK. Estreita e lenta, como deveria ser uma via de acessoa o centro.
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Com alternativas para acesso rápido (vias rápidas) algumas ruas seriam mantidas com estacionamentos em seu formato original nos dois lados da via, o que proporciona mais segurança para os pedestres e acesso mais confortável ao comércio local.

2) As vias com pistas na direção do centro devem ser mais estreitas e intencionalmente mais lentas, para tornar menos atrativo dirigir na direção do centro. Mais lombadas, mais semáforos, semáforos com tempos mais longos, etc.

As vias que saem do centro devem ser mais largas e mais rápidas, para que os carros e ônibus possam rapidamente desafogar o centro. Deve ser evitado, a todo custo, a instalação de lombadas e excesso de semáforos em uma via que sai do centro.

3) Ônibus deveriam circular em vias especiais, canaletas ou tartarugas para separar as vias de ônibus das vias de automóveis.

22 de fev. de 2016

Isto é andar de bike em Ponta Grossa, Paraná

Sempre próximo demais de outros veículos, não por escolha, mas pela falta de espaço e falta de estrutura cicloviária na cidade. Na rodovia é ainda mais arriscado, devido a maior velocidade dos outros veículos. A atitude correta do ciclista é afirmar seu direito de pedalar assumindo uma postura confiante, transmitir esta confiança aos outros motoristas, porém sempre respeitando todas as leis de trânsito, sinais vermelhos, faixas de pedestres, e outras.

15 de nov. de 2013

Vídeos mostram "Super Ciclofaixas" em Londres

Londres disponibiliza uma segunda via compartilhada entre autos, caminhões e tudo o mais com... bicicletas! É um corredor de tráfego intenso, principalmente caminhões (como você verá no vídeo). Eles a chamam de "Bicycle Superhighway 2" (Super Ciclofaixa 2), e entre outros usos serve para assustar qualquer ciclista que ouse por ela trafegar. No vídeo você verá também que o motorista londrino não tem um grau de respeito maior por bicicletas que o brasileiro. As finas, manter o motor acelerado atrás do ciclista e ultrapassagens forçadas são típicas de qualquer lugar do Brasil, e particularmente similar a Ponta Grossa.

Então, colegas ciclistas: não estamos sozinhos!

Super Ciclofaixa 2 de Londres
"O futuro da estrutura cicloviária de Londres"
Comentários ao Vídeo 2 (abaixo):

Aos 2:29 minutos um caminhão baú passa bem perto do nosso ciclista, que reage com um "wow", típico de qualquer ciclista que quase foi parar em baixo de outro veículo.

Em seguida, aos 2:37 minutos, o nosso ciclista comunica ao motorista do caminhão baú que ele passou muito perto e pede para ele ter mais cuidado. Situação que eu mesmo já vivi muitas vezes após ter sido quase jogado para fora da pista ou rua por algum apressadinho.

Aos 3:16 minutos a faixa se transforma em uma ciclovia (em um trecho de tráfego pesado), com uma sinalização que o próprio ciclista não entende e que tem a intenção de separar o trafego de autos das bicicletas, porém só faz aumentar a insegurança do ciclista.

Aos 3:54 minutos muitos carros são vistos em um cruzamento, com o trânsito parado, em cima da ciclofaixa. Nosso ciclista faz comentários frustrados sobre a situação.

Aos 4:40 minutos ele comenta que dos 13 ciclistas mortos neste trajeto mais de 50% foram caminhões que colidiram com ciclistas.

Ao final percebe-se que esta ciclofaixa é melhor que andar diretamente na rua, mas não resolve todos os problemas de conflito entre autos e bicicletas e continua exigindo do ciclista muito cuidado!

Aos planejadores do trânsito e da mobilidade urbana: pedimos que estude a situação de cada usuário e de cada modal, conheça as diferenças entre as soluções disponíveis, antecipe os problemas de implementação visitando cidades semelhantes e mais experientes, conversando com pessoas de órgãos equivalentes em cidades semelhantes que possuem uma estrutura cicloviária. Esse não é um problema trivial e soluções parciais e temporárias não serão nem eficazes nem suficientes.

VÍDEO 1 (Bicycle Super Highway 1), link para matéria original


VÍDEO 2 (Bicycle Super Highway 2), link para matéria original

Bicicleta como transporte: popular entre os jardineiros

Além do Sr. Sebastião, jardineiro que usa a bicicleta como transporte e com o qual conversamos há algumas semanas atrás, esta outra bicicleta com ferramentas de jardinagem foi flagrada em frente ao Tozetto da Vila Vilela:


Sem dúvida, a bicicleta parece ser um meio de transporte popular para os jardineiros da cidade. Só falta mesmo é mais segurança nas vias!

10 de nov. de 2013

A capital das bicicletas está sem ciclovias

A tendência da valorização do transporte individual motorizado (automóveis) cria paradoxos como este: Joinville não é mais a cidade das bicicletas.

A cidade que já foi considerada modelo e referência no uso da bicicleta como meio de transporte vive uma triste realidade na qual os trabalhadores trocaram as bicicletas por motos e automóveis. São muitas as causas para isso: o aumento do poder aquisitivo médio do brasileiro; a persistente valorização do automóvel como símbolo de status e ascensão social; o estímulo governamental à compra de carros para "salvar" o Brasil da crise econômica; o imediatismo, falta de visão e de planejamento da maioria das administrações municipais brasileiras; a falta de engajamento político da população em geral, mas em especial dos jovens que hoje não identificam uma causa pela qual se manifestar e reivindicar.

Resultado: Joinville encontra-se na situação da maioria das cidades médias brasileiras sofrendo com o trânsito pesado, um centro de ruas estreitas, baixos níveis de atividade física da população, sedentarismo, falta de segurança no uso da bicicleta, etc.

Ver os artigos abaixo para referência. Ótima leitura para aprender com a experiência de outras cidades e não cometer os mesmos erros em Ponta Grossa.

"Investir em ciclovias e no uso de bicicletas"
 http://desacato.info/2013/01/investir-em-ciclovias-e-no-uso-de-bicicletas/
"Pedaladas de alto risco"
https://bicicletanarua.wordpress.com/2009/11/06/joinville-a-cidade-das-bicicletas-esta-sem-ciclovias/
https://bicicletanarua.wordpress.com/2009/11/06/joinville-a-cidade-das-bicicletas-esta-sem-ciclovias/" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;">
"Confira, na íntegra, as soluções para o trânsito de Joinville apontadas por especialistas"
http://anoticia.clicrbs.com.br/sc/geral/noticia/2013/07/confira-na-integra-as-solucoes-para-o-transito-de-joinville-apontadas-por-especialistas-4201333.html
Esperamos assim contribuir com uma discussão de alto nível sobre mobilidade urbana em Ponta Grossa.

9 de nov. de 2013

"Ciclovias em Ponta Grossa Serão Implantadas por Fases"

Com o título acima o Jornal da Manhã divulgou, em sua edição do dia 08/11/2013, o trabalho conjunto do IPLAN (Instituto de Planejamento Urbano de Ponta Grossa, reativado pela atual administração) e do ProCicloviasPG na elaboração dos projetos que serão submetidos ao Ministério das Cidades, onde serão solicitadas verbas para a construção da malha cicloviária de Ponta Grossa. Salientamos que o ProCicloviasPG iniciou a mobilização de ciclistas, alguns estudos informais, e muita discussão no início de 2010, porém a última administração não foi receptiva a estas ideias.

Com a reativação do IPLAN, o ProCicloviasPG foi procurado (em 23/09/13) e pudemos iniciar nossa cooperação com os projetos. O ProCicloviasPG, por ser um movimento voluntário, não dispõe dos recursos técnicos e de pessoal para elaborar projetos técnicos complexos. Nossa função é levantar assuntos que devem ser abordados pela administração e também sugerir ações baseados em nossa experiência como ciclistas, moradores de outras cidades (inclusive no exterior), e pessoas otimistas que desejam que nossa cidade seja mais amiga da bicicleta e dos ciclistas. Por exemplo, devido nossa experiência como ciclistas que transitam por toda a cidade, fomos capazes de elaborar mapas com sugestões de rotas para ciclovias. Apoiamos nossas escolhas de rotas na experiência prática e também em estudos científicos, por exemplo, um estudo elaborado em março de 2012 pelo professor doutor Cassiano Rech, do departamento de Educação Física da UEPG, com funcionários da indústria metal-mecânica da cidade.

Assim, nos colocamos como uma voz que trabalha pela segurança do ciclista da nossa cidade, para que tantos possam usar suas bicicletas para ir ao trabalho com segurança, assim como as famílias possam optar pelo lazer com bicicleta no final de semana, para que as pequenas viagens ao comércio possam ser feitas de maneira mais rápida e prática, para que os jovens possam usar bicicletas sem que seus pais fiquem preocupados com possíveis acidentes, para que os estudantes possam ir às escolas e universidades utilizando a bicicleta que mescla tão bem com eles (nós), e tantos outros usos. Os benefícios são inúmeros, para a o trânsito, para a saúde pública, para a beleza da cidade, emfim para todos, ciclistas ou não.

Abaixo o artigo do Jornal da Manhã (clique na imagem para ampliar):