Crédito: Christopher Eudes
A vítima bateu a cabeça no vidro do carro, quebrando todo o para-brisa e ainda entortando a lataria do carro.
Um ciclista foi atropelado por um Fusca no início da noite de ontem na Avenida Carlos Cavalcanti, em Uvaranas, perto da sede do 13º Batalhão de Infantaria Blindado (BIB), em Ponta Grossa. Segundo testemunhas, João César Artigas Swich, de 24 anos, seguia na contramão na pista sentido centro-bairro e colidiu frontalmente com o Fusca. Ele bateu a cabeça no vidro do carro, quebrando todo o para-brisa e ainda entortou parte da lataria do carro. José César foi conduzido ao hospital pelo Siate e não corre risco de morrer.
A vítima bateu a cabeça no vidro do carro, quebrando todo o para-brisa e ainda entortando a lataria do carro.
Um ciclista foi atropelado por um Fusca no início da noite de ontem na Avenida Carlos Cavalcanti, em Uvaranas, perto da sede do 13º Batalhão de Infantaria Blindado (BIB), em Ponta Grossa. Segundo testemunhas, João César Artigas Swich, de 24 anos, seguia na contramão na pista sentido centro-bairro e colidiu frontalmente com o Fusca. Ele bateu a cabeça no vidro do carro, quebrando todo o para-brisa e ainda entortou parte da lataria do carro. José César foi conduzido ao hospital pelo Siate e não corre risco de morrer.
O condutor do veículo, Paulo Ricardo da Conceição, também com 24 anos, conta que segurou a vítima pela camiseta até conseguir parar o veículo e acionar o socorro. “Ele apareceu do nada na pista e bateu de frente com o meu carro. Eu consegui segurar o rapaz para que ele não caísse e eu não passasse por cima dele”, relatou o motorista Paulo Ricardo, que trabalha como servente de pedreiro.
Devido ao acidente, o tráfego na Carlos Cavalcanti ficou prejudicado por aproximadamente uma hora. A Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte foi ao local para orientar o trânsito. (DA)
Fonte: JMNews - ver aqui.
AGORA A OPINIÃO DO ProCicloviasPG
Este trágico acidente mostra o quanto nossa sociedade está despreparada para um convívio seguro nas ruas.
- Primeiramente, despreparada em educação de trânsito, que é de responsabilidade do executivo local, estadual e federal. Por que? Porque a legislação proíbe o tráfego de bicicletas na contra-mão e ainda assim este ciclista decidiu trafegar na contra-mão. Acreditamos que uma melhor educação de trânsito faria com que as pessoas tomassem melhores decisões.
- Por que este ciclista decidiu trafegar na contra-mão? Apesar de não termos conversado com o Sr. João Carlos, sabemos que muitos ciclistas decidem trafegar na contra-mão na Carlos Cavalcanti (e em outras vias) porque, julgam eles que, enxergando o tráfego que se aproxima, esta é uma condição mais segura do que trafegar no sentido do tráfego e arriscar ser atingido por um veículo que se aproxima por trás, dado que a Carlos Cavalcanti já estreita para dois veículos e fica ainda pior quando há um ciclista - mesmo que este trafegue muito próximo ao meio-fio direito.
- Antes que alguém sugira que "lugar de ciclista não é na rua" vale lembrar que o código de trânsito brasileiro garante o direito do ciclista usar a via pública, sem distinção de nenhum tipo. Então o que temos agora é uma falha grave do poder público local em executar obras nas vias públicas que garantam a segurança dos ciclistas. E esta é a principal motivação para as ações do Movimento ProCicloviasPG: 1) Conscientizar a população acerca dos benefícios do uso da bicicleta para o meio ambiente, para a melhoria da mobilidade urbana, para a saúde e a inclusão social; 2) Reivindicar, junto à administração pública, espaços para que os ciclistas possam pedalar com segurança.
- Enquanto o poder público local e estadual (prefeito, vereadores e nossos deputados estaduais) não encararem este problema com seriedade e firmeza, e ficarem apenas colocando novos semáforos, pintando as ruas, instalando uma ou outra rotatória - ou seja, mudanças cosméticas - os ciclistas continuarão a ser pressionados a agir de forma insegura no trânsito para evitar ameças ainda maiores: ônibus e caminhões que passam muito perto; motoristas que avançam sinais e faixas; motociclistas e motoristas que consideram o ciclista um estorvo nas ruas, etc.
- Com base na legislação de trânsito em vigor e considerando a obrigação da administração pública em zelar pela segurança da população (de acordo com a CF/88), podemos dizer, sem erro, que o poder público é o responsável indireto por este acidente e eventualmente por futuros acidentes deste tipo que venham a ocorrer em nossa cidade.
Certa vez o atual prefeito nos disse: "Não se pode agradar todo mundo - se você faz, reclamam - se você não faz, também reclamam." Então, lançamos esta pesquisa informal: Você acha, usuário das ruas de Ponta Grossa, que seria uma má ideia investir na segurança dos ciclistas? Comente aqui.
Veja nossa página sobre legislação de trânsito aqui.
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